segunda-feira, 29 de março de 2010

Conhecimento e Percepção

Imagem: Google



Comecei a ler “Um Curso em Milagres” e as próximas mensagens que partilharei convosco terão por base as ideias e conceitos que fazem especial sentido para mim e para a minha existência ao estudar e aplicar os ensinamentos desta manual que visa despertar a consciência para aquilo que é real.

Será que estamos cientes de que muitas das coisas que temos como reais não o são?

A única coisa real é o conhecimento, a verdade. A verdade é inalterável, eterna e não ambígua. Só o que Deus criou é real.

Já a percepção é irreal porque é mutável, tem início e fim, é baseada na interpretação e não em factos. Fundamenta-se na escassez, na perda, na separação sendo, por isso, imprecisa, instável e limitativa da consciência.

Isto significa que os nossos pensamentos, as nossas crenças, aquilo que temos como realidade não o é, efectivamente. Esta ideia está bem patente na seguinte expressão:

Nada real pode ser ameaçado
Nada irreal existe
Nisso está a paz de Deus.

O conhecimento é real e não pode ser ameaçado porque é eterno.

Já as nossas percepções são irreais e, portanto, não existem, são apenas projecções do nosso referencial interno tais como ideias dominantes, desejos e emoções.

Nós vemos o mundo de acordo com as nossas projecções e acreditamos que o que vemos é real. Nós somos os criadores dessa “irrealidade” e acreditamos, sem questionar, que esta é real mas não o é, excepto para nós mesmos.

Como podemos inverter este processo e reconhecer o nosso erro de percepção?

Perdoando os nossos erros e a nós mesmos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Felicidade

Imagem: Google


Na realidade há uma crença que é-nos (quase) imposta pela sociedade, que é aquela que diz que só seremos felizes por meio ou através dos outros, não havendo a ideia de auto-suficiência em relação à felicidade. E se reflectirmos neste assunto profundamente apercebemo-nos de que a nossa mente, efectivamente, controla-nos de tal modo que depositamos no exterior todas as expectativas, desejos e anseios quando estes não deviam existir e, muito menos, serem depositados para o exterior.


Aliás, de que serve que se diga a uma pessoa que ela é muito bonita fisicamente se ela, interiormente, não acredita nisso, não sente amor-próprio que lhe permita acreditar nesse comentário?! Neste exemplo está bem patente a influência do nosso interior na nossa percepção exterior.


A felicidade implica que as ansiedades desapareçam, pois estas são fruto das ilusões que vamos criando na nossa mente e o medo de não sermos aceites pelos outros.


É preciso que percebamos que o que nos fará feliz não são os outros, nem a sua opinião, aliás, nada do que é externo a nós pode trazer-nos a verdadeira felicidade, aquela felicidade plena que tanto ansiamos. O que pode ocorrer é uma sensação de falsa e temporária felicidade que depois de esbate e deixa um grande vazio.


A verdadeira felicidade tem de ser (é) inerente a nós.

domingo, 7 de março de 2010

Ser Verdadeiro

Imagem: Google


Todos nós temos procedimentos que visam agradar os outros ou, no mínimo, causar boa impressão de nós próprios.

Ora, se reflectirmos neste facto um pouco apercebemo-nos que este comportamento não faz qualquer sentido, de que nos serve dizer que “sim” quando o nosso interior diz que “não”?

Que direito temos nós de nos trair a nós próprios e camuflar aquilo que na realidade sentimos e queremos?
Para ser aceite?

Para que os outros gostem de nós?

É mais importante agradar aos outros do que o fazermos a nós próprios?

Não me parece!

Se tivermos repetidamente comportamentos que visem agradar os outros estaremos sempre a camuflar o verdadeiro Eu e aquilo que ele representa. Isto tornar-nos-á bastante frustrante porque, na realidade, nunca conseguiremos agradar aos outros porque não somos fiéis a nós próprios e pior, estaremos sempre insatisfeitos, frustrados com um grande vazio interior sem percebermos porquê…

O importante não é agradar aos outros, o importante é conseguirmo-nos libertar daquilo que os outros pensam ou não, abandonar as expectativas, as ilusões e tudo o que daí advém, só assim seremos, realmente, felizes.

Ninguém mas mesmo ninguém pode tornar-nos felizes, por isso, para quê tentar agradar?

Isso só fará com percamos tempo deste bem precioso que é a vida.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Amor-próprio

Foto: Cláudia Nóbrega




Quando estivermos em condição de aceitar-nos como auto-suficientes no que concerne à felicidade, perceberemos rapidamente que existem muitos outros estados de espírito que também dependem, exclusivamente de nós.

O amor (um sentimento tão falado e pouco sentido) é, muitas vezes, confundido com desejo e interesse.

A propósito de amor, existe uma expressão muito curiosa quando se fala em amor que é a de cara-metade ou alma gémea.

Por si só a expressão cara-metade já pressupõe que não somos completos que precisamos de uma outra metade para sermos, efectivamente, completos e plenos.

Isto é um temendo engano pois se nós não tivermos amor dentro de nós, se não formos felizes, por mais que procuremos incansavelmente por esses sentimentos nos outros não os encontraremos.

O que podem existir são pessoas que nos acompanham na nossa caminhada, parceiros, camaradas… não existem pessoas que nos tornem completos!

Por isso é que surgem muitas confusões quando se fala em amor, porque as pessoas insistem em projectar esse sentimento para o seu exterior, porque acham que isso é algo que devemos receber e dar e não algo que já devemos possuir a priori.

Assim, esse “algo mais” que muita gente procura está mais perto de nós do que aquilo que se imagina, está dentro de nós!