quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Escutar o silêncio

Imagem: Google


Não há nada mais belo do que estar consigo próprio sem a necessidade de racionalizar seja o que for, sem ter sequer vontade de pensar, somente ouvir o silêncio que há dentro de cada um de nós.


É nesse momento que estamos de mãos dadas com a nossa essência, aquilo que verdadeiramente somos e que não é possível adjectivar.


É abraçar a testemunha silenciosa que há dentro de nós que não pensa, simplesmente É.

E Ser não é ter.


Ser é desfrutar de toda a nossa essência e ser uma mera testemunha de um silêncio que nos retira toda e qualquer densidade do coração.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Equilíbrio Vibracional

Imagem: Google


Nós, seres humanos, somos simultaneamente um ser físico e um ser não-físico.


Em relação ao ser físico este está visível: é o nosso corpo e tudo aquilo pelo qual este é constituído.


Relativamente ao ser não-físico este é constituído por energia, que irá provocar uma vibração.

O que acontece é que a maioria de nós está tão centrado na sua condição de ser físico que ignora o facto de estar a emitir energias que estão a construir as suas experiências de vida. Como tal, há algo que é importante compreender e ter sempre consciente:


Nós somos mais energia e vibração (ser não-físico) do que ser físico.


O ser não-físico emite energia que tanto pode ser positiva como negativa. Tendo presente a infalível lei da atracção: se emitirmos energia / pensamentos positivos teremos coisas positivas, mas se tivermos pensamentos negativos, emitiremos energia negativa e obteremos mais desse tipo de pensamentos.


O que emitimos regressa a nós no mesmo “comprimentos de onda”.


Uma forma de sabermos que tipo de pensamentos estamos a ter, basta fazermos uma análise das nossas emoções pois estas não são mais do que um indicador da relação vibracional entre o eu físico e o eu não-físico.


Se nos sentirmos inseguros, confusos, com medo, frustrados, tristes, desiludidos, é um indicador claro que os pensamentos que têm dominado a nossa mente são negativos e temos de os mudar de forma consciente.


Mas muita gente pode ficar céptica perante este último parágrafo e alegar que não pode ter pensamentos positivos se a sua realidade ou as pessoas que a rodeiam ou o espaço onde está é negativo. E têm razão, não é fácil mas é possível.


Neste âmbito surgem algumas questões:


- Será que me estou a centrar nos aspectos negativos daquilo que me rodeia?


- Será que a minha realidade não é fruto dos meus pensamentos?


A resposta a estas questões implica alguma flexibilidade mental e, mais do que isso, uma verdadeira introspecção.


Imaginemos que estamos num daqueles dias em que parece que nada parece correr bem. Os pensamentos que temos presentes são:


- O que será que vai acontecer a seguir?


- Realmente um mal nunca vem só!


Não é preciso fazer uma análise muito exaustiva para perceber que estes pensamentos são negativos e, na verdade, parece que tudo e todos estão contra nós nesses dias e parece mentira quando chega ao final do dia.


Num cenário destes em que emitimos pensamentos negativos o universo só se encarrega de dar-nos mais daquilo que projectamos.


Por isso, temos de habituar-nos a ter pensamentos conscientemente seleccionados e não nos limitarmos a reagir insconcientemente a tudo o que nos aparece à frente.


Imagina que compras o jornal e numa leitura transversal do mesmo apercebeste que só existem notícias do género:


- “A taxa de desemprego aumentou”; “Morreram mais x pessoas nas estradas portuguesas”; “Os níveis de pobreza estão cada vez mais elevados” e por aí adiante.


Tu podes agir de duas formas:


- Ao leres isto pensas que realmente o país está uma desgraça e que se isto continua assim estamos todos tramados, que realmente este mundo é um inferno e pensamentos similares. Estes são os pensamentos de quem se limita a reagir ao que vê e não tem consciência que estes pensamentos estão a influenciar negativamente a sua vida.


- Fechas o jornal após leres estes títulos e pensas: “A realidade não é bem assim, Eu conheço x pessoas que conseguiram trabalho nos últimos tempos. Um amiga minha foi promovida no trabalho e vais receber uma remuneração mais elevada. Os jornais só retratam uma realidade negativa, por isso, vou começar a ler livros e/ou revistas mais positivas.”


Este é o pensamento de quem é naturalmente positivo e tem consciência de que os seus pensamentos influenciam a sua realidade.


No primeiro caso é evidente que essa pessoa vai deixar-se influenciar por esse negativismo que paira na nossa sociedade ou, pelo menos, que é valorizado pela maioria das pessoas e a sua vida vai acabar por espelhar essas crenças limitadoras que predominam a maioria dos seres humanos.


No segundo caso acontece o oposto, essa pessoa faz uma selecção consciente dos seus pensamentos e a sua vida será o reflexo dos seus pensamentos.


Voltando à questão do ser não-físico, este é constituído por energia e vibrações.


No caso da energia, como já referi, esta refere-se a pensamentos que temos, sejam eles positivos ou negativos, que irão influenciar aquilo que emitimos para o universo.


Já as vibrações são o estado de permitir, é a consciência do continum ser físico e ser não-físico que nós somos, que irá conduzir ao equilíbrio vibracional.


Assim, o que devemos reter é que devemos ser seres conscientes da energia e vibração que emitimos pois a Lei da Atracção é perfeita:


- Nós atraímos aquilo que projectamos ou emitimos.


O universo ao retribuir-nos as energias que emitimos não sabe se isso é o melhor para nós, simplesmente, limita-se a responder ao que emitimos.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mente Humana

Foto: Cláudia Nóbrega

Parece consensual que todos nós, enquanto seres humanos que somos, possuímos uma mente. Não pretendo alongar-me na sua constituição fisiológica pois já é possível encontrar essa informação em muitos livros, predominantemente da área da Neuropsicologia.

O que interessa saber neste âmbito é que a nossa mente apresenta dois elementos (chamemos-lhe assim): o Eu e o Ego.

O Ego é constituído por uma série de crenças que bloqueiam as pessoas de tal modo que estas acabam por fazer determinadas coisas que lhes trazem uma sensação de satisfação rápida, dando depois lugar à insatisfação, medo, indecisão e à sensação de vazio.

Por isso é que existe o Eu, aquele elemento da nossa mente que não tem quaisquer bloqueios, que sabe o que quer e não age de acordo com aquilo que fica melhor aos olhos dos outros, como é o caso das acções tomadas tendo como referência ou influência o ego.

Assim, o ideal é mesmo ter consciência de que estes dois elementos fazem parte de nós, mas o Eu conduz-nos à felicidade, enquanto que o ego é mau conselheiro.

Suponhamos a seguinte situação:


Eu quero comprar um carro.


O Ego diz com entusiasmo e com uma sabedoria (quase) inabalável:

- Compra aquele carro super caro, que todos vão ficar boquiabertos quando o virem passar. Se o comprares vão elogiar-te e não surgir novos amigos. Se o comprares é sinónimo de que tens dinheiro e és uma pessoa interessante, ou seja, vais obter validação.

O Eu perante este discurso do ego argumenta timidamente:


- Tu não precisas de um carro tão caro, apenas precisas de um relativamente económico com as funcionalidades básicas. Tudo o resto não contribui para a tua satisfação ou felicidade.

Estas duas “vozes” originam um sentimento chamado confusão e o sujeito pode ter uma de duas atitudes: compra o carro mais caro que tem mil e uma funcionalidades, em que mil delas nem são necessárias, mas vai obter validação ou compra o carro que mais se adequa à finalidade que o mesmo vai ter.

Este exemplo foi com um carro, mas é aplicável a muitas situações da nossa vida. Infelizmente muitos ficam rendidos aos argumentos do ego: são tentadores, não são? E depois da excitação inicial a vida continua tal e qual como era. Não estou a dizer que se tivesses seguido a voz do ego ias ser tremendamente feliz. Apenas estou a dizer que se ouvisses a sugestão do Eu e a seguisses era sinal que tinhas noção do teu valor (auto-estima) e não precisavas de impressionar fosse quem fosse.

A questão que se coloca é: tens noção do teu valor?

Se tens, sabes, tal como eu, que podes aceitar aquilo que ego diz mas não tens de segui-lo, só tens de seguir aquilo que é melhor para ti e o que é melhor para ti na maioria das vezes não vai ao encontro das velhas ideias de felicidade que veiculam na nossa sociedade consumista e pessimista.

Quando recebes elogios de alguém isso muda a tua vida?

Sentes-te eternamente feliz com isso?

Pois não! É evidente que não, porque tens de perceber que não precisas de nada disso para seres feliz e que o ego é como uma miragem no meio do deserto em que enquanto a vês gostas do espectáculo, mas depressa ela desaparece e tudo fica na mesma...